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História do Clube Náutico
Capibaribe
Apesar
de a data oficial de fundação ser a de 7 de abril
de 1901, já falava-se em Clube Náutico Capibaribe
desde o século anterior, quando dois grupos rivais
de remadores recifenses se uniram. Desde 1897, quando
o remo ganhou expressão no Recife, com várias competições
ao longo do Rio Capibaribe, havia movimento para
criação de um clube náutico. O Náutico chegou a
mudar de nome para Recreio Fluvial, mas não agradou
a todos e voltou a ser chamado Clube Náutico Capibaribe.
No início de tudo, em 1897, um grupo de rapazes
amantes do remo, comandados por João Victor da Cruz
Alfarra, alugava barcos da antiga Lingüeta, saindo
em pequenas excursões até a antiga Casa de Banhos
do Pina. Essas viagens alcançavam até o bairro de
Apipucos. Quando, após terminada a revolta dos Canudos,
os recifenses preparavam-se para receber as tropas
pernambucanas comandadas pelo general Artur Costa,
uma vasta programação foi preparada para a recepção
aos soldados. João Alfarra e alguns dos seus companheiros
de proeza, pelo Capibaribe, foram encarregados de
preparar a parte náutica da recepção, ficando marcada
uma grande regata para o dia 21 de novembro de 1897.
Essa competição despertou o interesse dos recifenses,
que sentiram a necessidade de fazer outras promoções
do gênero. O remo começou a ganhar novos adeptos
e, no ano seguinte, empregados dos armazéns das
ruas Duque de Caxias e Rangel formaram uma agremiação,
à qual deram o nome de Clube dos Pimpões. Os componentes
do outro grupo, o que tinha brilhado na regata da
recepção às tropas de Canudos animaram-se e houve
uma série de combates entre as duas turmas, em 1898,
na Casa de Banhos. No final de 1898 ficou acordada
a fundação de uma outra sociedade que congregaria
os dois grupos antes mencionados e que, por proposta
de João Alfarra, foi denominada Clube Náutico Capibaribe.
O futebol só apareceu no clube a partir de 1905.
Só no ano seguinte um grupo de ingleses formou o
primeiro time. Suas atividades, entretanto, limitavam-se
aos domingos, quando no campo de Santana ou na campina
do Derby. Antes, não havia por parte do pessoal
do Náutico, o menor interesse pelo jogo. O novo
esporte só foi aceito para que não houvesse brigas
internas. Em 1914, foi criada a Liga Recifense de
Futebol, mas o Náutico não fez parte da mesma. Os
seus jogadores procuraram ingressar nos outros clubes,
nos que haviam se filiado. O João de Barros, o atual
América, foi o que mais ganhou com a evasão dos
jogadores do Náutico. Em 1915, porém, sentiu-se
a necessidade de se criar uma nova entidade para
orientar o futebol da cidade. Fundada dessa maneira
a Liga Sportiva Pernambucana, o Náutico a ela se
filiou. Com seu ingresso, os jogadores voltaram.
Mas o time só conseguiu ser campeão muito tempo
depois, em 1934, já na fase do profissionalismo. |
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